domingo, 3 de julho de 2011

"Oh menino, tanta ilusão!"

Ovelhas cretinas (ou serão cretenses?)
As viagens são um rosário de sensações e de emoções que nos despertam do entorpecimento das rotinas e dos compromissos, fazendo-nos estar atentos ao que de mais simples nos rodeia. As estrelas voltam a cintilar no céu escuro e desaparecem os títulos dos jornais que nos deprimem e angustiam. O conforto do sofá é substituído por um saco-cama no chão do convés de um navio. Deixamos de precisar de 100m2 de casa, bastam-nos uma mala de 55 cm x 40 cm x 20 cm. A voz que anuncia a estação de metro seguinte é substituída pelos sons do marulhar das ondas e dos rituais de sedução das cigarras. Ilusoriamente sentimo-nos capazes de enfrentar os mares revoltos que nos separam da ilha mais próxima e de virar costas a empresas geridas com tacos de golfe em função da flutuação do mercado bolsista. Até que o calendário nos obriga a fazer um novo check-in e reorganizar o disco duro para eternizar mais 2gb de memórias. Até quando?

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