quarta-feira, 27 de janeiro de 2010
O pôr-do-sol
Depois de tantas semanas sob chuvas intensas e céus nublados, eis que chegou o tão desejado pôr-do-sol. E que cores cálidas e intensas vieram com ele! Como costumam dizer por essas ruas e calçadas, "os dias já se conhecem" e mais cedo ou mais tarde estarei liberto da crueldade de não poder ver o pôr-do-sol quando me apetece!
sábado, 23 de janeiro de 2010
Música em modo aleatório
"Concerto in C Minor for Cello(RV 401) - II. Adagio - Vivaldi", Yo-Yo Ma e Amsterdam Baroque Orchestra
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quinta-feira, 21 de janeiro de 2010
Treze minutos e qualquer coisa
Parem o que tenham para fazer, relaxem por uns momentos e testemunhem o belíssimo início desta história de amor.
terça-feira, 19 de janeiro de 2010
Músicas de fazer arrepiar - 13
No passado sábado a sala do CCVF encheu-se para ouvirmos a cálida voz de Buika. A fusão entre as sonoridades de jazz e de flamenco, juntamente com a sua cálida voz e presença forte fizeram-me ficar arrepiado do início ao fim do espectáculo. E nem a minha miopia ou a distância para o palco foram um empecilho à sua fruição! À medida que as quase duas horas de concerto iam passando, Buika foi revelando que é uma senhora dos palcos e que é ali, junto das pessoas (e não na frieza de um qualquer estúdio de gravação), que mostra o que vale. E pelos vistos não fui o único a ficar impressionado, a contar pela longa e bastante ruidosa ovação da plateia. Venham mais concertos, de preferência ao luar de uma noite de verão!
"Las Ciudades", Buika
"Las Ciudades", Buika
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quarta-feira, 13 de janeiro de 2010
terça-feira, 12 de janeiro de 2010
Lhasa de Sela (Parte 3)
Quinta-feira, dia 7 de Janeiro. Regresso ao trabalho sem vontade. Não quero voltar às rotinas e ao torpor. Faço a minha ronda diária de sites e ali está a notícia da sua morte. Meia-dúzia de linhas que me fazem ficar com um nó na garganta e com as lágrimas a bailar. Recordo a sua alegria vibrante naquela noite quente de verão, nos tempos idos das Noites do Palácio de Cristal. Sinto pela primeira vez, de forma sentida, a perda de alguém que não me é próximo e choro.
Agora sim compreendo a razão de tão contagiante tristeza e melancolia do seu último álbum.
Agora sim compreendo a razão de tão contagiante tristeza e melancolia do seu último álbum.
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Lhasa de Sela (Parte 2)
É noite, de uma estação qualquer. A casa de Cabeceiras enche-se de longas conversas, de afectos e muitos risos. Lá fora escutam-se os grilos. Estamos de barriga cheia. Daqui a pouco vamos dormir todos juntos bem apertadinhos no grande sofá-cama da sala. Enrosco-me, coloco a tocar em loop o cd "The Living Road" e canto baixinho, muito baixinho, cada uma das suas canções. Repouso os meus olhos nas belíssimas ilustrações do livro que acompanha o cd e ao mesmo tempo em quem me rodeia, com uma ternura desmesurada. Sinto-me sereno e feliz por estar ali. Desejo que nunca acabe.
"Gracias a tu cuerpo doy
Por haberme esperado
Tuve que perderme pa'
Llegar hasta tu lado
Gracias a tus brazos doy
Por haberme alcanzado
Tuve que alejarme pa'
Llegar hasta tu lado
Gracias a tus manos doy
Por haberme aguantado
Tuve que quemarme
Pa'llegar hasta tu lado"
Agora penso se tudo não terá passado de um sonho.
"Gracias a tu cuerpo doy
Por haberme esperado
Tuve que perderme pa'
Llegar hasta tu lado
Gracias a tus brazos doy
Por haberme alcanzado
Tuve que alejarme pa'
Llegar hasta tu lado
Gracias a tus manos doy
Por haberme aguantado
Tuve que quemarme
Pa'llegar hasta tu lado"
Agora penso se tudo não terá passado de um sonho.
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Lhasa de Sela (Parte 1)
É um final de tarde de inícios de Outono. A 4L de cor branca balouça alegremente pelo caminho esburacado que une as revigorantes quedas de água do Pincho à estrada asfaltada que nos levará apaixonadamente de regresso a casa. Os raios de sol rasam as árvores e o pára-brisas do carro. Uma roufenha cassete toca no velhinho auto-rádio e escuto pela primeira vez as sábias palavras e os sons cálidos de alguém que ama a música e a vida.
"He venido al desierto pa irme de tu amor (...)
Que tú nunca mereciste lo que tanto quise dar (...)
He venido encendida al desierto pa quemar
Porque el alma prende fuego cuando deja de amar"
"He venido al desierto pa irme de tu amor (...)
Que tú nunca mereciste lo que tanto quise dar (...)
He venido encendida al desierto pa quemar
Porque el alma prende fuego cuando deja de amar"
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segunda-feira, 11 de janeiro de 2010
Micas coberta de flocos de neve
E de repente começou a nevar e a Micas foi para a varanda celebrar, tentando apanhar os flocos que caíam cada vez com maior intensidade sobre o seu corpo negro.
quinta-feira, 7 de janeiro de 2010
Dentro de portas
O fim do ano velho e o começo do novo ano foram passados na sua maioria dentro de portas. A chuva e o frio desmotivam passeios mais alongados. As palavras e os risos dos amigos rejuvenesce-nos. As mesas enchem-se de bons motivos para adiar dietas desejadas. Os vidros embaciam. A voz da Amália e as perturbadoras histórias da Paula Rego enchem as paredes de museus. As casas de chá reconfortam e aquecem-nos as mãos. Contemplam-se campos alagados e mares revoltosos através de janelas em movimento. Somos aquecidos por mantas, edredons e gatos ronronantes. Nas carruagens de metro inventam-se vidas para as personagens que nos rodeiam. Vasculham-se objectos e vestem-se tecidos em lojas e lojinhas. "Quais são os teus desejos para 2010?" As fracções de segundo de resposta demoram uma eternidade e as palavras custam a sair. Terei deixado de acreditar em sonhos?
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