Não tenho nada a dizer de muito abonatório da peça de teatro que fui ver na passada 6feira. Já faz tempo que vou sem grandes expectativas às peças produzidas pelo Teatro Nacional S. João e encenadas pelo Ricardo Pais. Esta não fugiu à regra.
Mas apesar disso senti-me bastante identificado com o "papel" interpretado por um dos actores (direi antes, figurino), que faz da mãe morta. A personagem é uma das figuras centrais de toda a trama mas, obviamente, a sua participação na peça é, digamos, pouco activa... Pois é, a única vez que subi ao palco para entrar numa peça de teatro foi, precisamente, para fazer o mesmo papel: de morto! E todo o enredo desenvolvia-se em torno do morto. Teria eu os meus sete ou oito anos de idade. Já não me recordo do nome da peça nem dos pormenores da história. Mas lembro-me bem dos ensaios e do dia da sua apresentação ao público, no centro paroquial da Igreja de Santo Ovídio. Sim, era uma actividade promovida pela catequese, apesar de ter uma vaga ideia de ser pouco católica. A sala estava cheia e parecia-me enorme (como os espaços vão encolhendo à medida que vamos crescendo...). Os meus pais estavam tão entusiasmados que até se esqueceram de registar fotograficamente o acontecimento. Não lhes perdoo ;)
Foi breve a minha presença no mundo do teatro. Mas aceitam-se convites para papéis idênticos. Não se irão arrepender, faço muito bem de morto, eheh!
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