sábado, 22 de janeiro de 2011

Adeus

Adeus
Um dia foi encontrada numa praia, sozinha e desorientada. No dia seguinte já tinha uma família adoptiva e uma casa. Não uma casa qualquer mas uma das grandes, com jardim, horta, escadas, muros e vizinhos simpáticos que se põem em bicos de pés para lhe dar festas. E como bónus, era só descer a rua, correr para as longas margens do rio, brincar e mergulhar nas águas frescas.
Aos poucos foi perdendo o medo de voltar a ser abandonada. Para além dos seus orgulhosos donos e de um gato que não era flor que se cheirasse, a casa enchia-se com frequência de amigos, pequenos e graúdos. Era uma festa só! Mimos e mais mimos, vindos de todos, até das pessoas que no começo diziam ter medo de cães.
Faz uma semana que a Núria se despediu de nós. Quantas semanas mais vamos precisar para nos habituarmos ao silêncio e à ausência dos seus pulos de alegria à nossa chegada?

2 comentários:

disse...

:-(

disse...

A minha Núria...
Como pode a morte exitir?