Venham muitos mais

"Esa Nuria!"

Catalunya Take 2 - A avioneta

Eu bem que tinha avisado que ia andar de cabeça no ar! Ao nono dia da minha viagem pelas terras da Catalunya subi numa avioneta e vi lá de cima uma boa parte da costa da província de Tarragona. Sobrevoei o centro histórico da cidade de Tarragona, as nossas praias e contemplei todos os pormenores do Delta de l'Ebre: o imenso areal da Punta del Fangar, os postes de electricidade da língua de areia do El Trabucador mergulhados no mar, os bandos de flamingos a voarem à nossa passagem, os verdes arrozais, as salinas avermelhadas de la Trinitat... Momentos mágicos guardados no meu coração e no disco duro do computador. Moltes gracies diablo da guarda!

Catalunya Take 2 - Delta de l’Ebre

Parc Natural del Delta de l’Ebre, Bungalow de l'Aube, La Punta del Fangar, farol, praia, Elena, El Trabucador, Salines de la Trinitat, flamingos, Casa de Fusta, Amposta, bar, risos, conversas, Festa de la Plantada, barracas, barco, muscleres, Xiringuito de la Costa.

Catalunya Take 2 - Costa Brava

Figueres, Teatre-Museu Dalí, Mediterrâneo, Cap de Creus, Tramuntana, praia, Portlligat, Casa-Museu Salvador Dalí, Cadaqués, Tramuntana, El Port de la Selva, cidades grega e romana de Empuries, Fontclara, Palau-sator, Tramuntana, Peratallada, Palafrugell, Jardi Botànic de Cap Roig.

Mais um anúncio censurado

(nota: pelos vistos até no próprio Google foi censurado...)

Catalunya Take 2 - La Garrotxa

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Catalunya Take 2 - O começo

4 de Junho, 23h. O avião aterra no aeroporto de Girona. A minha mala é a primeira a aparecer no tapete rolante. Espera-me um Fiat Panda azul que me conduzirá durante uma semana pelas estradas secundárias da Catalunha rural. Sigo para Santa Pau, na Garrotxa. As curvas sucedem-se umas atrás das outras. As estradas vão-se estreitando. De Banyoles até ao destino final são mais de vinte quilómetros. Não me cruzo com ninguém, nem sequer com um automóvel! Vejo uma raposa, um texugo e um gato. Lá no alto as estrelas brilham e as silhuetas negras dos montes marcam a sua presença. Já serão os vulcões? Chego à área de descanso do bosque da Fageda d'en Jordà. Não tenho noite reservada. Vou dormir no automóvel e esperar que os primeiros raios de sol me despertem para poder embrenhar-me entre as suas árvores. A escuridão é total. Não há lua no céu. Os pássaros cantam a noite toda. Tenho um sono intermitente. À medida que a noite avança, visto cada vez mais roupa, recordando que os Pirineus estão ali ao lado. Acordo envolto de um céu encoberto por nuvens cinzentas e um chilrear ainda mais intenso. Devoro o iogurte e o croissant comprado no aeroporto. Pego na máquina fotográfica, calço as sapatilhas e sigo o caminho traçado no bosque. Os raios de sol aparecem. Fico sem palavras. Absolutamente mágico! Tenho de partilhar este momento. Envio um sms. Assim começa o meu segundo take por terras da Catalunya.

O regresso

Sobrevoando de avioneta o Delta de l'Ebre, Catalunya

Cá estou eu de novo. Regresso para a minha casa work in progress, para o olhar meigo e sereno da Micas, para a labuta dos computadores, para as calçadas cinzentas do Porto e para os afectos de quem amo.
Sinto que preciso de uns dias para repousar e recuperar de todas as sensações e emoções por que passei. Faço lentamente uma reorganização das minhas caixinhas interiores por forma a assimilar tudo de positivo que recebi nestes últimos doze dias e perceber a importância destas férias únicas e verdadeiramente especiais.

O espectáculo que faltava

Quem não se recorda do célebre monólogo proferido pela La Agrado para uma plateia de teatro, no filme Tudo Sobre a Minha Mãe? "Somos tão mais autênticas quanto mais nos aproximamos daquilo que sonhamos!" Que frase tão sábia e tão verdadeira.
Em vésperas de partir para o segundo take na Catalunya, senti-me dentro do filme do Almodóvar, ao assistir no S. João ao espectáculo "Las que faltaban", apresentado pela fantástica actriz Antonia San Juan (sim, a actriz que desempenhou o papel de La Agrado!).
A sua presença em palco é genial. É impossível ficarmos indiferentes à sua performance camaleónica, ao seu discurso mordaz e à mensagem que pretende transmitir. Ri muito e fiquei arrepiado com a sua total entrega a cada uma das onze mulheres retratadas nesta peça.
Estou de partida. Despeço-me com um até breve. Conto vir com a mala mais cheia de experiências, emoções e fotografias que terei muito gosto em partilhar convosco.

Banda sonora para as férias

"Third", de Portishead
"Jukebox", de Cat Power
"In Rainbows", de Radiohead
"Devotion", de Beach House
"Suites Violoncelo n. 4-6, BWV 1010-1012", de J.S.Bach
"Op. 100, D.929", de Schubert
"Chansons d'amour", de Alex Beaupain