A lua está cheia

A poética timorense

Finalmente, depois de tantas vezes falado, lá fui conhecer o ansiado Museu do Oriente. No meio das suas paredes negras e da profusão de cores, estampados, dourados e plumas das duas exposições principais, destaco a pequena colecção de belíssimos objectos trazidos da longínqua ilha de Timor-Leste. A simplicidade e contemporaneidade das suas formas são comovedoras e, só por si, já valem a pena deslocarmo-nos a este museu, atravessando linhas de comboio, subindo e descendo escadas metálicas, contornando tapumes e carros estacionados nos passeios e sobrevivendo ao trânsito feroz de tão desumanas avenidas.

Yellamma: a deusa dos travestis

Yellamma, também apelidada Renuka, é a deusa das prostitutas e dos travestis. É igualmente a deusa dos Intocáveis e a que cura as doenças de pele. O seu templo encontra-se no estado de Karnataka. Durante a festa em sua honra, os devotos (os jogati) transportam sobre a cabeça, até ao templo, a sua efígie rodeada das personagens ligadas ao seu mito no intuito de a recarregar de potência divina.
Fonte: Museu do Oriente

Aí está uma boa razão para visitar a Índia, fugindo aos tradicionais circuitos das cidades imperiais do Rajastão ou das águas tépidas das praias de Goa.

A girafa colorida

Músicas de fazer arrepiar - 14

Centro Cultural Vila Flor, Guimarães. Finalmente chegou o dia do tão ansiado concerto dos Beach House. Os dias anteriores foram passados de fones nos ouvidos, cantarolando de forma viciante as músicas do último álbum. Em palco, a intensidade das melodias e da voz de Victoria é arrebatadora. Nove arrepios - um por música - num total de treze músicas é obra! A acompanhá-los estiveram uma espécie de cotonetes gigantes, envoltas numas plumas luminosas, que nos foram hipnotizando e transportando para mundos celestiais. E é caso para dizer que a repetição não diminuiu o prazer de tê-los tão perto. Venham mais!

Peça musical KJFG Nº5

Cenas de uma vida doméstica

Os dias de céu azul estão de volta e o Pato Simpático regressou à sua função de regar as plantas domesticadas que vão sobrevivendo na varanda lá de casa.

Whatever works

Já fazia tempo que não me divertia tanto numa sala de cinema. O regresso de Woody Allen à sua cidade-musa fez-lhe muito bem. Com este filme voltámos aos bons velhos tempos do humor mordaz, cínico-doce e inteligente que nos desconcerta a cada minuto. Diria até que estamos perante um regresso às suas origens e às suas comédias clássicas dos anos 70. Lá estão as crises, os amores e desamores, as neuras, psicoses, ansiedades, as dúvidas e os cepticismos que nos afectam a todos mas elevados exponencialmente, levando a rirmos de nós mesmos.
Venham mais lufadas de ar fresco à la Woody Allen!

As tulipas da sala

As tulipas da varanda andam tristes com o frio e a chuva. Este ano ainda não deram o ar da sua graça, com muita pena minha. Há um ano era bem diferente. Resta-me visitar as floristas do Bolhão e encher a casa de cores vibrantes.

Toca a entregar o IRS!

Arrancou hoje o período de entrega das declarações de IRS através da Internet para todos os trabalhadores dependentes. E porque não aproveitar a oportunidade para doar 0,5% dos nossos impostos a projectos que merecem o nosso apoio? A Ilga-Portugal é, na minha opinião, um desses exemplos. Aceitam-se outras sugestões.

Sol, sol!

E não é que vamos ter um fim de semana (solarengo) (soalheiro) solarengo?!

What's real love?

"Real Love", Beach House

Não é terça-feira e a feira da ladra abriu às cinco da madrugada (parte 2)

Uma comédia triste

"Todos esses vigaristas" a que este tipo se refere são precisamente estes senhores.