
Suponho que já vos aconteceu quererem cristalizar um determinado momento no tempo. A mim já. Não muitas vezes, mas já. E aconteceu em momentos de convívio com o meu grupo de amigos. Recordo com felicidade esses momentos de partilha, em que me sinto tão próximo e tão bem com os demais, que desejava que se prolongassem eternamente. Das palavras, dos olhares, das cumplicidades, dos abraços. Mesmo sabendo que, obviamente, nada é eterno.
O último filme de Ferzan Ozpetek, Saturno Contro, fala disso mesmo. Desses momentos que todos desejavam que fossem eternos. E do amor, dos afectos, da solidariedade, das tristezas, das alegrias, das desavenças, das partilhas e das perdas. Dos laços que unem essas pessoas que um dia escolheram estar juntas. De tudo aquilo que nos conforta e nos faz sentir vivos. E que nos faz esquecer, mesmo que por breves instantes, que no fundo fundo estamos todos sozinhos neste mundo.
3 comentários:
Também já senti! Vou ver
Gostei muito do filme, em realidade amo sua filmografia, já o sabes. Todos estamos sozinhos, uns somos conscientes e outros não; não é tão mau se um é bom consigo mesmo. Um beijo.
Esse filme esteve no Queer, mas acabei por não o ver. No entanto, já só me faltam 200 MB para que isso possa acontecer! ;)
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