terça-feira, 27 de julho de 2010
Amanhecer no Penedo Durão
Curvas e contracurvas levam-nos preguiçosamente ao cimo dos 700m do Penedo Durão. Já se faz tarde e os trinta minutos de viagem imaginários transformam-se em hora e meia de uma viagem bem real. Uma lua quase cheia ilumina-nos o caminho e faz-nos entrever estradas sinuosas e vales profundos e apertados. Lá chegados acima o silêncio é apenas quebrado pelos grilos cantantes. É hora de fazer um reconhecimento do local, escolher o melhor sítio para estender os sacos-cama e esperar pelo momento mágico. O sono é demasiado leve e não deixa nem corpo nem mente descansarem. As estrelas brilham lá no alto. A brisa quente de leste transforma-se num vento cada vez mais fresco nos minutos que antecedem a aurora. Eis chegado o momento! Esquecem-se bocejos e preguiças, arranja-se um bom poiso e espera-se que o raiar ilumine as montanhas que se estendem aos nossos pés. O Douro parece um regato e a barragem de Saucelle uma peça de Lego. Os grifos despertam e brindam-nos com as suas danças lentas e majestosas. E mais palavras para quê?
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2 comentários:
"a rudeza do abismo, a escarpa a tocar o douro, o grifo (Gyps fulvus) a planar sobre o vale e o vento a sussurrar-nos ao ouvido"
[sem aurora]
o charme de Portugal ,adoro
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