quarta-feira, 16 de dezembro de 2009
PR1 do Corno do Bico
Sobe-se facilmente por caminhos pouco acentuados e relativamente bem sinalizados. Saltam-se poças e contornam-se caminhos enlameados pelas chuvas recentes. Repira-se um ar fresco e puro, e um sol enevoado vai nos aquecendo o corpo. As folhas secas estalam debaixo dos nossos pés. Os cogumelos começam a morrer, sinal do frio que já se sente. O bosque está acastanhado e sem vida. Vêem-se pegadas de javalis e de outros mamíferos difíceis de decifrar. Uma colónia de abelhas faz a sua colmeia numa torre de observação abandonada. Lá em baixo estende-se uma manta retalhada de prados verdes e muros negros. No horizonte avista-se o Atlântico, os rios Minho e Lima, a serra de Arga, a imponente Peneda e tantas outras serras sem-nome. Experimentam-se aberturas de diafragma, profundidades de campo e registam-se momentos de cumplicidade a dois. Mais uma hora e ficamos sem luz. É hora de regressar. Espera-nos uma "Ínsua de Caminha", bem docinha, saboreada com muito prazer na confeiteira da praça principal da vila homónima.
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