terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Cinco euros de abrigo

"É prá chuba, é prá chubaaaa! Cinco euros prá chubaaaa! É prá chuba, é prá chubaaaa!"

Alerto para o gravíssimo facto de podermos estar perante a existência de uma evidente concertação de preços entre os vendedores de guarda-chuvas da baixa do Porto, violando claramente o Direito da Concorrência. Aliás, uma concertação de preços e uma concertação de pregões!

segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Reduzir + reutilizar + reciclar + reaproveitar

Os quatro R's transformados em objectos de design do nosso dia-a-dia, em exposição até ao início de Janeiro, num edifício doente e absolutamente fantástico em plena Avenida dos Aliados. Depois de ver tantas, boas e baratas soluções decorativas, apetece colocá-las todas em prática e deixar de ir ao IKEA.

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Toca a comprar as pencas ao sr Manel!


E nós, o que temos feito para apoiar a agricultura da nossa região e do nosso pais?

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

O horror!

O maior sismo em Portugal desde 1969 encheu as home pages de todos os jornais online e foi motivo para criarem dossiers especiais, uma vez mais, sobre a não notícia. Ninguém morreu, ninguém ficou ferido e nenhuma casa ficou danificada. Quiçá, daqui a alguns dias haja a derrocada de mais uma falésia algarvia. E, tal como eu, o sono da maioria dos portugueses nem sequer foi posto em causa. Perturbada ficou a cegonha Renata com tão terrível acontecimento! Devo avisar desde já que as imagens que se seguem podem ferir a susceptibilidade dos leitores.

Felizes para sempre

Já somos um país civilizado e de vanguarda. Toca a encher as conservatórias (as igrejas serão uma questão de tempo) e casar com quem nos apetecer. Bom, não será bem assim, é preciso que o outro também o queira! Ah e nada de adoptar crianças! Era bom, era... Se quiserem crianças, pois que as façam!

"Propaganda Sentimental", Governo

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

PR1 do Corno do Bico

Corno do Bico
Sobe-se facilmente por caminhos pouco acentuados e relativamente bem sinalizados. Saltam-se poças e contornam-se caminhos enlameados pelas chuvas recentes. Repira-se um ar fresco e puro, e um sol enevoado vai nos aquecendo o corpo. As folhas secas estalam debaixo dos nossos pés. Os cogumelos começam a morrer, sinal do frio que já se sente. O bosque está acastanhado e sem vida. Vêem-se pegadas de javalis e de outros mamíferos difíceis de decifrar. Uma colónia de abelhas faz a sua colmeia numa torre de observação abandonada. Lá em baixo estende-se uma manta retalhada de prados verdes e muros negros. No horizonte avista-se o Atlântico, os rios Minho e Lima, a serra de Arga, a imponente Peneda e tantas outras serras sem-nome. Experimentam-se aberturas de diafragma, profundidades de campo e registam-se momentos de cumplicidade a dois. Mais uma hora e ficamos sem luz. É hora de regressar. Espera-nos uma "Ínsua de Caminha", bem docinha, saboreada com muito prazer na confeiteira da praça principal da vila homónima.

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Músicas de fazer arrepiar - 12

Caminham os três sem destino sobre a areia branca da praia. Pelo caminho tropeçam com um ribeiro, que os obriga a procurar a margem mais estreita para atravessá-lo e continuar com a deambulação. Um clique musical desperta na minha mente e canto em silêncio e em repetição até o dia terminar.

"By this River", Brian Eno

Os animais de cristal

Jardim Zoológico de Cristal, Maria do Céu Ribeiro
Há um ano atrás surpreendi-me com a performance da actriz Maria do Céu Ribeiro. Um ano depois arrepio-me com a sua performance em palco, desta vez na peça "Jardim Zoológico de Cristal", encarnando a amargurada Amanda Wingfield, personagem da peça do Tennessee Williams. As cerca de duas horas da peça passaram a correr. A personificação das personagens pelos quatro actores e a acolhedora sala do Estúdio Zero ajudaram, e muito, a mergulharmos de cabeça nesta dura história familiar. Já fazia tempo que não saía de uma sala de teatro tão satisfeito! A não perder.

Vivenda Valença

Vivenda Valença

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Mudos

O Gabinete do Dr Caligari
Sem razões suficientemente fortes que justifiquem uma ida às salas de cinema, volto-me para outras salas: a do bar Passos Manuel, a sala Suggia da Casa da Música e a sala de Espinhaço.
Nas duas primeiras assisto aos primórdios do cinema mudo, "O Gabinete do Dr. Caligari" e "Metrópolis", muito bem orquestradas, respectivamente, pelo "Ensemble 343" e pelo "Remix Ensemble". Fico fascinado pelos cenários expressionistas de cartão do "Dr Caligari" e arrepiado pela linguagem dramática das suas personagens. Revejo finalmente "Metrópolis" em grande ecrã e fico hipnotizado pelos olhos da actriz principal.
Na sala de Espinhaço, monta-se projector e vêem-se filmes de três minutos cada, igualmente mudos, mas interrompidos pelos comentários e risos entusiasmados de quem se vê projectado com menos 25 anos de idade.

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Pilas tesas e belas ratas

A gerência pede desculpa às cerca de 40 visitas mensais que cá chegam porque pesquisaram no google a expressão "pilas tesas" ou "belas ratas". De facto é criar demasiadas expectativas, muito acima do que este blog pode proporcionar para satisfazer os prazeres solitários da noite.

Ventos luminosos

Um dia rumarei para norte, apanharei vários aviões e transportes terrestres, vestirei a roupa mais quente que tiver e ficarei à espera que os ventos solares soprem fortes e apareçam no céu escuro em forma de auroras boreais e que invadam os meus sentidos com as suas luzes, cores e formas mágicas. E o silêncio...